sexta-feira, 6 de novembro de 2009

África Antiga




ÁFRICA ANTIGA


Aspectos naturais da áfrica Ocidental

Banhado pelo Oceano Atlântico, ao oeste do seu continente, tendo umas das suas principais hidrografias os Rios Níger, caracterizadas por áreas desérticas e florestas tropicais.

Povos, etnias e reinos

É na região ocidental que se encontrou fósseis de grande importância para a definição das raças africanas originais, localizado no Mali, o fóssil do Tilemsi.
Existe um grande número de povos na África Ocidental como os ussá, ioruba, ashanti, senufô.

· O reino do Gana

Já que Gana não dominava nem as minas de ouro nem as de sal, a fonte de seu poder provinha de uma complexa arrecadação de impostos ao comércio de ambas as partes. Acredita-se que Gana é obra de entreposto de mercadores da África do Norte, ao qual no ano 800 dominaram a população negra sediados em Audagost sob o poder de Kaya Maghan Cissé, o qual transferiu a capital para Kumbi, os seus sucessores estabeleceram um Estado organizado, com estradas seguras e recebendo tributos de vassalagem de outros reinos menores. Sua etnia soninké de fala mandé, ancestrais dos sarakolé atuais. No ano 870, Al-Yacubi afirmava que me seu território havia minas de ouro. Al-Bakri reinava Córdoba, mas foi derrotado por Cissé em 800, mas os mauritanos, dos romanos, sanhaja, dos árabes, mouros atuais , recuperarm sua autonomia em 1020. Abdallah ibn Yacin, pregador religioso que veio com um dos xeiques na peregrinação a Meca, deu origem a uma verdadeira guerra santa (jihad). A mesma etnia soninké, na tentativa de manter a hegemonia, organizou o reino de Kaiaga, cuja dinastia Kanté, o mais célebre dos seus governantes foi Sumaoro Kanté, ou Sumanguru, no ano 1200-1240, temido como feiticeiro, conquistador de Kumbi e invasor da terra dos malinké ao sul ao qual buscava minas de ouro, foi derrotado por Sundiata, príncipe malinké, que fundou o célebre reino Mali. Os ancestrais dos mouros, os sanhaja depois da guerra santa caíram sob o jugo da tribo árabe maqil.

· O sultanato do Mali (reino do Mali)

Sundiata Keita, filho do rei Naré Famaghan (1218-1230) derrotou o invasor em 1240, dando início a um período de expansão para seu povo. O reino do Mali ou Kangaba já existia desde do século XI, como vassalo, formado pela etnia malinké ou mandinga possuía um grupo lingüístico chamado mande, como os soninké, bambará, senufô, mendé, diulá. Os mandinga sediados no alto Niger, organizaram-se um dos maiores reinos negro-africanos de toda a História, reorganizaram-se as rotas comerciais saarianas e surgiram as primeiras cidades dignas desse nome. Timbuctu e Jené, foram típicas urbes e viviam exclusivamente do comércio, mas foi através de diversos saques a essas duas cidades que o Islã pode tomar as populações sudanesas.
O principal governante do Mali foi Kankan Mussa, ou mansa Mussa (1312-1332), irmão e sucessor de Abubakar que alcançou celebridade internacional ao empreender, em 1324, uma peregrinação a Meca. Após retornar da Arábia, Mussa trouxe consigo numerosos teólogos, cientistas e artistas, entre eles o quase lendário arquiteto andaluz Al-Saheli, autor da mesquita Djinger-ber, em Timbuctu. Seu reino marcou o apogeu do Mali, em 1325 foi obtido a vassalagem dos songhai do médio Níger.
Durante o reinado de Suleimão (1341-1360) havia muita segurança nas estradas e fervores ao Islã, onde boa parte do povo mantinha-se pagã, enviavam agentes comerciais em toadas as direções, conhecidos como diulá, fundaram entrepostos que se tornaram verdadeiras cidades-estados, como Kong, Gonjá, Bondukú, Bono-Manso e Bobo-Diulasso. Suleimão parece ser o último manso de renome, em 1375 um homônimo seu restaurou a independência do reino songhai e desde então a riqueza e poder foram passando para as mãos desse novo império, em 1500 Mali era agora uma potência regional de brilho limitado.

· Uolof, fulani, dogon e mossí (reino do Senegal)

A margem direita do rio Senegal, em 1300, os uolof vindos do leste mestiçaram-se aos sereré, sob o comando de Ndiadiane Ndiayé, o grande reino de Djolo, que dominava também os Ualô, Cayor, Baol e siné-Salum. Os pastores fulani descendentes das antigas populações neolíticas do Tassili, emigraram para oeste ocupando espaços vazios no Macina, ao sul de Timbuctu, ou no Tekrur. Os dogon refugiaram-se nas escarpas de Bandiagará onde a arquitetura, a arte e a religião alcançaram alto grau de estilização. Os mossí liderados pó Uidiraogô constituíram cinco reinos, Uagadugú, Yatengá, Fada-n-Gurma, Mamprusi, Dagombá ao qual exerce atividade da pilhagem contra Mali, Songhal, Timbuctu e Jené.

· O reino do Songhai

Vassalo por meio século do Mali, o reino dos songhai começou a recuperar prestígio quando Ali Golon refém do massa Mussa fugiu e fundou a dinastia Soni, em 1337. Em 1375, o Songhai já era suficientemente forte para saquear seu antigo dominador, quebrando para sempre sua hegemonia no comércio transaariano. Ali-Ber, ou Soni Ali (1464-1492) forjou a estrutura do império, em 1468 com o apoio da população expulsou os tuaregh de Timbuctu mas anexou-a aos seus domínios ao invés de devolver-lhes a independência, ao mesmo aconteceu em Jené, em 1473. Soni Ali estava manifestamente favorecendo a elite islâmica, após a sua morte seu filo deposto pelo militar Mohamed Turé com o apoio do clero e dos comerciantes ao Islã fundou a dinastia Askia, levando o nome Songhai aos quatro cantos do mundo civilizado.

· Ussá

Descendentes de habitantes pré-históricos dos maciços do Air e Tibesti, chegou às savanas do norte da confluência Níger-Benuê antes do século X. Os sete filhos da princesa Daurama e do berbere Abu Yezid fundaram as sete cidades ussá legítimas, organizadas em plena savana e cercadas de altas muralhas para impedir pilhagens dos povos vzinhos, cada uma delas exercia influência sobre as populações vizinhas, as quais eram concedidas tanto liberdade religiosa quanto uso do idioma local. Estas cidades-estados eram governadas por um sarki sem caráter sagrado e que podia ser facilmente deposto. A cidade de Kano e Ramo seriam as cidades dos tecelões, Katsina e daura as dos comerciantes, Zaria a dos mercadores de escravos. Mais tarde, imigrantes deste povo fundaram as setes cidades ussá, Guari, Kebi, Kororofá, Ilorin, Nupé, Yelua e Zamfara, algumas muito mestiçadas de ioruba e outras etnias. Ma as cidades ussá jamais uniram-se para formar um único Estado, pelo contrário após essas cidades expandir-se deve que estabelecer limites entre elas , mas nem sempre pacíficas. Kano, depois de muitas lutas com Katsina e Zaria exerceu alguma hegemonia comercial o século XV, seus tecidos de algodão perecem ter abastecido todo o Sudão e boa parte do golfo da Guiné. Durante o governo de Rimfa, de Kano (1463-1493), foram destruídos os ídolos e fetiches do culto original.

· A costa da Guiné

Região compreendida entra a Serra Leoa e o delta do Níger, corresponde à franja que resta da floresta tropical úmida, entre a savana e o deserto. No interior seco desenvolveram-se os impérios muçulmanos do Mali, Songhai e Bornú, a costa e a floresta abrigou sociedades completamente diversas, como a dos bagá da Guiné ou os mendé da Serra Leoa, desenvolveram a arte de fazer máscaras e estátuas, outras organizariam pequenos Estados guerreiros, como as tribos do grupo akan estabelecidas desde o século XII na futura Costa do Ouro. O delta do Níger jamais formarão um estado centralizado, como os ijô, ibibiô, efi, ekoi, ibô, estabelecendo uma intrincada teia de relacionamentos entre pequenas aldeias governadas por sociedades secretas, oráculos regionais ou associações comerciais.

· Ioruba

Os iorubá foram os únicos que chegaram a construir, antes do século XVI, um poder político, construíram uma série de reinos dispersos unificados pela língua anagô ou nagô, e origens comuns por todos teriam sido criados pelos filhos e netos de Odudúa, fundador do Ilê-Ifé, a cidade sagrada. Seu primogênito Obalufã o sucedeu no trono, seus filhos mais novos Oranian, Ajibogun, Ojugbelú, Shopasan, Obantá, Ajalaká e Ogun emigraram com seus seguidores, fundando os reinos Oió, Ijexá, Ovu, Kêtu, Ijebú, Egbá e Ire, que dariam origem a muitos outros. Foi em Ifé que a cultura ioruba alcançou seu apogeu artístico com os lendários bronzes e terracotas surgidos entre os séculos XIII e XIV, seu governante oni, parece ter tido primazia religiosa entre seus pares. Oió destacou-se como o mais forte, ao fato de poder desenvolver potente cavalaria de guerra por localizar-se ao norte da floresta densa devido à disputa pelo trono entre dois filhos de Oranian: Ajaká e Xangô, depois de destronado pelo irmão, Ajaká recuperou o poder, que transmitiu ao filho Aganjú, enquanto xangô derrotado divinizando como orixá da guerra. Por volta do século XV, Nupé um Estado vizinho infligiu-lhe tamanha derrota que Oió Ilê (velho Oió), a capital, foi abandonada e a corte exilou-se às margens do rio Oxum, onde foi fundada Oió Igbohó (nova Oió), foi nessa época que teriam surgido pela primeira vez os mistérios religiosos de ifá e egungun. O rei Abipá (o quinto do exílio) comandou por volta de 1500 o retorno à velha capital.

· Benin

Vizinhos dos ioruba, localizados a sudeste de Oió, os bini ou edô formaram igualmente por volta do século XII um Estado centralizado, injustiçados pelos seus governantes (obás) provocou inúmeras revoltas populares. Eles mandaram então buscar em Ifé o príncipe Eweká que fundou uma nova dinastia. A civilização do Benin é muito semelhante à dos reinos ioruba, no século XIII encontramos uma profusão ainda maior de bronzes do que em Ifé, seu mais ilustre governante foi o obá Ewuaré (século XV), fundador do Conselho de Estado e outras inovações político-adminidtrativas.

Atividades predominantes

· O reino do Gana

Complexa arrecadação de impostos ao comércio;
Minas de sal;
Minas de ouro.

· O sultanato do Mali (reino do Mali)

Vivem exclusivamente do comércio.

· Uolof, fulani, dogon e mossí (reino do Senegal)

Arquitetura, arte.

· O reino do Songhai

Comércio.

· Ussá

Produção de tecidos, principalmente de algodão;
Comércio;
Comércio de escravos.

· A costa da Guiné

Arte de fazer máscaras e estátuas;
Associações comerciais.

· Ioruba

Desenvolver potente cavalaria de guerra.

· Benin

Grande quantidade de bronze.

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